O orgasmo feminino é para os homens como aquela matéria inacabada da universidade: eles não são bons nela nem a estudaram o suficiente para fazer melhor da próxima vez.
Embora os percentuais variem, todas as pesquisas concordam que mulheres heterossexuais desfrutam menos do que mulheres homossexuais. Segundo pesquisa do Instituto Kinsey da Universidade de Indiana, elas só atingem o orgasmo em 61,6% das vezes, contra 85,5% dos homens.
O cérebro é o órgão mais poderoso quando se trata de ter orgasmos poderosos, especialmente no caso das mulheres. Por essa razão não se resume simplesmente as sensações físicas: as emoções têm um papel relevante no ato e, acima de tudo, no êxtase ou não que se pode conseguir.
Como funciona o orgasmo feminino?
Mais de 8.000 terminações nervosas estão envolvidas neste complexo processo fisiológico que se caracteriza todavia como um tabu na sociedade. Ainda que, ironicamente, é um dos tópicos mais pesquisados na internet.
A definição clássica do orgasmo feminino diz que “consiste em um pico sensorial, variável e transitório, de intenso prazer que cria um estado alterado de consciência, que começa com uma salva de contrações involuntárias, rítmicas, estriadas do músculo pélvico circum vaginal, com a presença concomitante de contrações uterinas, anais e miotônicas; tais contrações resolvem parcial ou totalmente a vasocongestão regional, sexualmente induzida, para se tornar uma sensação de bem-estar e contentamento”.
Estamos falando de um tipo de descarga explosiva de tensão neuromuscular acompanhada de uma sensação variável de prazer intenso, capaz de alterar o estado físico de uma pessoa, bem como provocar uma sensação mental única, como é o caso do fenômeno chamado ‘La Petite Mort’, que é a perda de consciência durante o orgasmo por segundos. Outros eventos, como hiperventilação e alterações cardiorrespiratórias, podem se manifestar devido ao orgasmo.
Por onde inicia o orgasmo feminino?
Três tipos de orgasmo são evidentes nas mulheres, no entanto, deve-se ressaltar que embora não sejam fisiologicamente iguais entre si, eles se complementam muito bem: o orgasmo vaginal, clitoriano e misto.
Cada um deles, depende da localização do estímulo, o que causará, portanto, uma série de contrações com diferentes níveis de intensidade; em um orgasmo feminino médio há entre cinco a nove contrações, já o orgasmo conhecido como efêmero dura aproximadamente sete segundos e, em comparação com os outros tipos, é relativamente curto. Estudos mostram que no «melhor» caso, uma mulher é capaz de ter orgasmos prolongados de 1 minuto de duração com 25 contrações perineais.
As sensações dependem do local que é estimulado, portanto, de acordo com a literatura, a estimulação clitoriana envolve uma sensação focalizada para estas áreas graças ao nervo pudendo, enquanto a vaginal é capaz de atingir todo o corpo pela ação do nervo pélvico.
O que é o squirt?
O corpo enigmático da mulher, em termos de sexualidade, sempre foi objeto de estudo. Um novo termo substituiu o misterioso ponto G, apesar de seu relacionamento próximo. O famoso Squirt, a palavra da moda, que deve sua fama à crescente produção da indústria pornográfica.
Para saber o que é o squirt, precisamos primeiro distinguir quais são os dois tipos de ejaculação feminina. Estas são: A ejaculação mais comum entre as mulheres, a que passa mais despercebida, é na forma de uma pequena quantidade de líquido esbranquiçado translúcido. Já o Squirt é um jato de grandes quantidades de líquido ejaculatório lubrificante.
Esse termo desencadeou recentemente um debate sobre as possibilidades que o corpo de uma mulher pode alcançar. O fenômeno da ejaculação no squirt depende das glândulas Skene que são responsáveis por expulsar o líquido gerado no ponto G.
Masturbação feminina, como conhecer o seu próprio corpo
A masturbação, uma prática que há muito tempo parecia quase exclusivamente masculina, já é uma realidade assumida na sociedade atual. Sim, as mulheres também gostam de se masturbar e não há nada de errado com isso. Assim, se assume plenamente o lugar no mundo do sexo das mulheres.
Segundo estudos, cerca de 70% das mulheres entre 25 e 29 anos admitem ter se masturbado no ano passado. Esse número é reduzido em 46,5% no caso das mulheres entre 60 e 69 anos e em 33% se a mulher já tiver mais de 70 anos.